Blogger templates

21 novembro 2011

Livros - José António Pinho "Caminhos de Liberdade"

Em Caminhos de Liberdade, o autor narra uma história romanceada, baseada em factos reais desenrolados nos anos de 1959 e 1960. O Forte de Peniche, a prisão mais sinistra do fascismo de Salazar, é dado a conhecer por intermédio de dois jovens de 19 e 24 anos. O drama de um deles, católico praticante, na envolvência do terrível sistema prisional, do seu relacionamento e confrontação com o Padre Bastos, dos amores com Cristina, as dúvidas, as interrogações e a convivência com a sua nova família comunista são descritos com palavras eloquentes, fortes e verdadeiramente desesperantes. O frio das paredes, das grades e dos apitos metálicos e a nostalgia do mar, ali tão perto, a serenidade e a magia da capela de Sta Bárbara envolverão todos os que lerem estas linhas. Igualmente, no conhecido Forte de Caxias, onde milhares de portugueses foram encarcerados e torturados, descreve os seus longos corredores cheios de trevas e de portas de ferro, o dia-a-dia de homens humilhados e sovados que, com as suas lutas e canções, não desistiram de lutar e de proclamar bem alto os seus ideais democráticos e libertadores. Todos os horrores vividos nestes antros tenebrosos do fascismo Salazarista são convertidos pelo autor em caminhos de esperança, camaradagem, amor e liberdade.




1 comentário:

  1. Se houve alguém que lutou pela liberdade e dignidade humana durante a longa noite fascista foi o Padre Manuel Bastos de Sousa figura impar da comunidade Penichense.
    Longe de ser um transfuga ou traidor, o Padre Bastos sempre teve uma atitude do maior respeito e solidariedade para com os presos políticos que passaram pela prisão política de Peniche. É uma infamia à sua memória o que é traçado neste romance que, utilizando um nome de um verdadeiro português e inumeras vezes homenageado por todos os que o conheceram, procura denegrir a sua acção pastoral e social.
    Tomaria o senhor Pinho chegar aos calcanhares da acção social do Padre Bastos!
    É um abuso o uso do seu nome num romancezeco de duvidosa qualidade literária.
    FranciscoManuel Salvador

    ResponderEliminar